A refilmagem onerosa da
Paramount-MGM de "Ben-Hur", é dirigido pelo russo Timur
Bekmambetov, o épico bíblico tinha tudo para ser um sucesso de público, mas ao
que mostra sua estreia, não é bem assim.
Apesar da vasta sombra projetada
pelo filme dirigido por William Wyler, o russo se sai bem com a nova versão de
"Ben-Hur". Com o inglês Jack Huston no icônico papel de
Judah Ben-Hur, defendido por Charlton Heston em 1959, o filme de
Bekmambetov sobrevive às comparações e ganha pontos por emoldurar com
considerável beleza uma mensagem pacifista. Mesmo recheada de efeitos especiais
de tirar o folego, corrida de bigas de 1959 continua mais impressionante, algo
que merece registro já que os efeitos especiais de hoje entregam maravilhas, o
novo “Ben-Hur” se afasta do épico para encontrar as miudezas da
clássica história do judeu subjugado pelos romanos em Jerusalém.
O paralelo da história de Judah
com a de Cristo, trago com graciosidade por Rodrigo Santoro, acresce
beleza e complexidade ao filme e trazendo ao público o tamanho do conflito ao
qual Judah se vê envolvido. O Brasileiro não dispõe de muitas
cenas, mas sua presença carismática se faz sentir – em parte porque há boa
vontade com a figura de Cristo, em parte porque o roteiro lhe oferece alguns
dos bons momentos do filme.
A se lamentar, algumas
potencialidades perdidas como um melhor desenvolvimento de Messala, o irmão
romano de Ben-Hur vivido por Toby Kebbell. De longe o personagem mais
interessante em cena, submerso em uma narrativa que privilegia o
desenvolvimento da história.
O filme ficou no quarto lugar de
lançamento nos Estados Unidos, com uma receita de US $ 12 milhões em 3.084
locais.
Dividindo críticas, o filme que
chegou ontem ao Brasil certamente não chegará aos pés de seu predecessor com
relação as estatuetas, mas é um filme emocionante que vale a pena se ver.
Confira o trailer legendado:
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