sexta-feira, 19 de agosto de 2016

BEN-HUR




A refilmagem onerosa da Paramount-MGM de "Ben-Hur", é dirigido pelo russo Timur Bekmambetov, o épico bíblico tinha tudo para ser um sucesso de público, mas ao que mostra sua estreia, não é bem assim.

Apesar da vasta sombra projetada pelo filme dirigido por William Wyler, o russo se sai bem com a nova versão de "Ben-Hur". Com o inglês Jack Huston no icônico papel de Judah Ben-Hur, defendido por Charlton Heston em 1959, o filme de Bekmambetov sobrevive às comparações e ganha pontos por emoldurar com considerável beleza uma mensagem pacifista. Mesmo recheada de efeitos especiais de tirar o folego, corrida de bigas de 1959 continua mais impressionante, algo que merece registro já que os efeitos especiais de hoje entregam maravilhas, o novo “Ben-Hur” se afasta do épico para encontrar as miudezas da clássica história do judeu subjugado pelos romanos em Jerusalém. 

O paralelo da história de Judah com a de Cristo, trago com graciosidade por Rodrigo Santoro, acresce beleza e complexidade ao filme e trazendo ao público o tamanho do conflito ao qual Judah se vê envolvido. O Brasileiro não dispõe de muitas cenas, mas sua presença carismática se faz sentir – em parte porque há boa vontade com a figura de Cristo, em parte porque o roteiro lhe oferece alguns dos bons momentos do filme. 



A se lamentar, algumas potencialidades perdidas como um melhor desenvolvimento de Messala, o irmão romano de Ben-Hur vivido por Toby Kebbell. De longe o personagem mais interessante em cena, submerso em uma narrativa que privilegia o desenvolvimento da história.

O filme ficou no quarto lugar de lançamento nos Estados Unidos, com uma receita de US $ 12 milhões em 3.084 locais.


Dividindo críticas, o filme que chegou ontem ao Brasil certamente não chegará aos pés de seu predecessor com relação as estatuetas, mas é um filme emocionante que vale a pena se ver. Confira o trailer legendado:


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